(UFRJ) Um dos períodos [da história do México] mais riscados, apagados e emendados com maior
05. (UFRJ) Leia o texto a seguir:
Um dos períodos [da história do México] mais riscados, apagados e emendados com maior fúria tem sido o da Nova Espanha. [...] A Nova Espanha não se parece com o México pré-colombiano nem com ao atual. E muito menos com a Espanha, embora tenha sido um território submetido à coroa espanhola.
PAZ. O. Sóror Juana Inés de la Cruz: As artimanhas da fé. São Paulo: Mandarin, 1998.
Sobre a sociedade colonial construída em Nova Espanha, é correto afirmar:
- se apoiava, como na sociedade colonial brasileira, em uma visão bipolar entre senhores europeus de um lado e escravos africanos de outro, visto que os indígenas haviam sido quase absolutamente exterminados no processo de conquista por doenças ou pela violência do colonizador.
- se distinguia de outras sociedades coloniais, pois as diferenças sociais presentes nela eram de classe e não de cunho étnico: não importava a cor da pele para a determinação de um lugar social, mas as posses de um indivíduo.
- se tratava, como em outras sociedades coloniais, de uma sociedade de superiores e de inferiores que, entretanto, reconhecia os mestiços, filhos de senhores brancos com mulheres indígenas, como fazendo parte da elite política local, sendo chamados criollos.
- recaíam, exclusivamente, os privilégios da sociedade colonial sobre a minoria branca que apresentava, contudo uma divisão interna entre aqueles brancos nascidos na Europa, ocupantes dos cargos de nível superior, e aqueles nascidos na América, ocupantes de posições claramente secundárias na hierarquia social.
- se constituía em uma sociedade com uma estrutura hierárquica bem clara, em cuja base se encontravam os grupos desprovidos de quaisquer direitos sociais: índios e negros africanos, ambos trabalhando como escravos e sendo tratados exclusivamente como mercadoria, vendidos e comprados em grandes mercados nas principais cidades mexicanas.
Resposta: D
Resolução: Na Nova Espanha, a sociedade era rigidamente hierárquica. Os "peninsulares" (nascidos na Europa) ocupavam os cargos mais altos, enquanto os "criollos" (nascidos na América, mas de ascendência europeia) eram relegados a posições de menor prestígio. Essa divisão era uma fonte de tensão dentro da elite colonial.