(Fuvest) No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa
01. (Fuvest) No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia "em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (…)" (Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág. 180).
Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal, concluímos que:
- a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade econômica interna.
- a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrícola, diminuição da mão de obra, falta de investimentos industriais, afetando a economia nacional.
- a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV, empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais.
- a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao escoamento dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Portugal.
- o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Veneza como o principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI.
Resposta: B
Resolução: Durante esse período, Portugal realizou uma expansão marítima ambiciosa, estabelecendo rotas comerciais com o Oriente e conquistando territórios em várias partes do mundo. No entanto, essa expansão também trouxe desafios significativos para a economia portuguesa.
As despesas relacionadas à manutenção do império ultramarino eram elevadas, muitas vezes excedendo as receitas obtidas com o comércio. Além disso, houve uma queda na produtividade agrícola devido à concentração de recursos e mão de obra em atividades relacionadas à exploração ultramarina. Isso também levou à falta de investimentos na indústria e na agricultura interna, prejudicando a economia nacional.