4. (Enem 2010) Quem construiu a Tebas das sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu Tantas vezes?
Em que casas da lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre que triunfaram os césares?
(BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010)
Partindo das reflexões de um trabalhador que Le um livro de historia o leitor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que:
- os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória?
- a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes que das civilizações e que se desenvolveram ao longo dos tempos.
- os grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram.
- os trabalhadores consideram que a História é uma Ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
- as civilizações citadas no texto embora muito importantes permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.
Resposta: C
Resolução: É certo que a principal crítica do texto é que a memória dos monumentos e acontecimentos históricos está ligada aos governantes e não aos trabalhadores que de fato os construíram. O texto faz perguntas sobre quem construiu civilizações antigas e se pergunta para onde foram os trabalhadores após a construção da Muralha da China, por exemplo. Sugere que a memória desses acontecimentos está voltada para os governantes e não para os operários responsáveis pela construção.