Ora, Ora

Parece que você tem um Bloqueador de Anúncios ativo, e quem não usa?

Contudo a Agatha Edu se mantém essencialmente com a renda gerada por anúncios, desativa aí rapidinho, parça. 😀

09. (Enem 2017) O farrista

Quando o almirante Cabral

Pôs as patas no Brasil

O anjo da guarda dos índios

Estava passeando em Paris.

Quando ele voltou de viagem

O holandês já está aqui.

O anjo respira alegre:

“Não faz mal, isto é boa gente,

Vou arejar outra vez.”

O anjo transpôs a barra,

Diz adeus a Pernambuco,

Faz barulho, vuco-vuco,

Tal e qual o zepelim

Mas deu um vento no anjo,

Ele perdeu a memória...

E não voltou nunca mais.

MENDES, M. História do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira , 1992.

A obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem, no poema, por um eu lírico que

  1. configura um ideal de nacionalidade pela integração regional.
  2. remonta ao colonialismo assente sob um viés iconoclasta.
  3. repercute as manifestações do sincretismo religioso.
  4. descreve a gênese da formação do povo brasileiro.
  5. promove inovações no repertório linguístico.

Resposta: B

Resolução: O poema "O farrista" de Murilo Mendes, situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem no poema, por meio de um eu lírico que questiona a história do colonialismo e seu impacto sobre os povos indígenas. O poema utiliza de uma linguagem simples e direta para expressar a ironia e o cinismo diante da chegada dos colonizadores e a falta de responsabilidade do anjo da guarda dos índios, que não foi capaz de protegê-los. O poema apresenta uma crítica ao sistema colonialista e suas consequências para os povos indígenas.


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